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terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

A cortina da noite

Não consigo fechar os meus olhos,
Não, eles não pesam, não cansam,
Já desisti de qualquer prece para tal,
Mas mesmo com eles abertos, nada posso ver,
A cortina da noite me envolve.



Quando nada mais quero pensar,
Quando tudo que se podia especular,
Tudo que poderia me calar, se esvai,
Já não tenho mais vontade de tentar,
A cortina da noite me absorve.


Não me entreguei ao fastio,
Não é esse o meu problema, é outro,
Outro ou outra, forma de pensar,
Não falo somente da alteridade,
A cortina da noite me ilumina.


Mas certamente não há no mundo,
Melhor amiga e conselheira,
Melhor ouvinte e terapeuta,
Noite que grita com seu silêncio,
A cortina da noite é penumbra.


Olho sem ver, vejo o nada,
A noite me é clara, mas,
Meu problema são os olhos,
Ou melhor, a forma que me ensinaram a olhar,
A cortina da noite me ensina.

Sem perceber algo me tira a noite,
Ela ainda é notória, mas agora escurece,
Sua escuridão é tão tímida que se vai,
Me deixa a sós, me deixa desprotegido,
A cortina da noite me desvela.

Autor: Tiago Lacerda

4 comentários:

  1. ;) Gostei... Parabéns, Ficou ótima, você sempre me surpreende!!!

    SUCE$$O...

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  2. Obrigado meu amigo! Espero ler os teus textos em breve!

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  3. Olá, Tiago
    Esta lindo o poeta que habita dentro do seu coração!!!
    Continue!!!
    Que se descortine tudo e um pouco mais!!!
    Bjs fraternos de paz

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  4. Amigo do coração
    Recuperei os blogs e e-mail...
    Deus seja louvado!!!
    Que a sua Páscoa lhe seja suave e feliz!!!
    Bjm de paz

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