Não, eles não pesam, não cansam,
Já desisti de qualquer prece para tal,
Mas mesmo com eles abertos, nada posso ver,
A cortina da noite me envolve.
Quando nada mais quero pensar,
Quando nada mais quero pensar,
Quando tudo que se podia especular,
Tudo que poderia me calar, se esvai,
Já não tenho mais vontade de tentar,
A cortina da noite me absorve.
Não me entreguei ao fastio,
Não é esse o meu problema, é outro,
Outro ou outra, forma de pensar,
Não falo somente da alteridade,
A cortina da noite me ilumina.
Mas certamente não há no mundo,
Mas certamente não há no mundo,
Melhor amiga e conselheira,
Melhor ouvinte e terapeuta,
Noite que grita com seu silêncio,
A cortina da noite é penumbra.
Olho sem ver, vejo o nada,
Olho sem ver, vejo o nada,
A noite me é clara, mas,
Meu problema são os olhos,
Ou melhor, a forma que me ensinaram a olhar,
A cortina da noite me ensina.
Sem perceber algo me tira a noite,
Ela ainda é notória, mas agora escurece,
Sua escuridão é tão tímida que se vai,
Me deixa a sós, me deixa desprotegido,
A cortina da noite me desvela.
Autor: Tiago Lacerda
Autor: Tiago Lacerda
;) Gostei... Parabéns, Ficou ótima, você sempre me surpreende!!!
ResponderExcluirSUCE$$O...
Obrigado meu amigo! Espero ler os teus textos em breve!
ResponderExcluirOlá, Tiago
ResponderExcluirEsta lindo o poeta que habita dentro do seu coração!!!
Continue!!!
Que se descortine tudo e um pouco mais!!!
Bjs fraternos de paz
Amigo do coração
ResponderExcluirRecuperei os blogs e e-mail...
Deus seja louvado!!!
Que a sua Páscoa lhe seja suave e feliz!!!
Bjm de paz