Blogagem Coletiva II - Espiritual-Idade - Blog da Rosélia.
Veja que na semana passada eu coloquei a imagem de uma rocha em formação pela natureza. Hoje a imagem é feita de pedras organizadas pelo homem. Convido a todos a perceberem a sutileza desta imagem relacionada com o tema a ser tratado. E depois se possível acessar os textos produzidos a partir do blog acima para valorizar a diversidade de ideias e espiritualidades. Rosélia, obrigado por mais um tema interessante, acredito que teremos ao final desta blogagem coletiva um grande tesouro, um acerto de textos que poderemos partilhar com amigos e leitores. O mais interessante é que cada blog tem um estilo diferente, o que enriquece o evento. Boa leitura a todos!
Corpo x Alma e Espiritualidade
Não é tão simples assim dizer sobre esta dualidade, é desafiante, mas nos leva a associar à nossa fé e nossa capacidade de conciliar duas realidades num só ser. Eu gosto muito da frase que Santo Agostinho escreveu logo no livro Primeiro das Confissões: “[...] o nosso coração vive inquieto, enquanto não repousa em Vós”. Esta frase sintetiza todo o livro, a saudade de Deus é inerente ao homem. Agostinho bebe da fonte platônica, dual, mas, ao contrário de Platão, as ideias em Agostinho originam-se de Deus. Este esclarece-nos a inteligência, e é pelos sentidos e pela razão que alma aprende as noções dos objetos, das ideias, mas sempre auxiliados pelo Criador em que se localiza a verdade imutável. No texto Natureza e Espiritualidade eu já havia mencionado sobre a diferença entre os homens e os demais seres vivos que é o pensamento, a razão que nos permite mais que outros animais. Somos animais sim, como dizia Aristóteles, e racionais, estamos nesta categoria, mas neste texto de hoje praticante dando continuidade posso dizer que um outro filósofo também contribuiu muito para esta reflexão. O homem não é para Descartes um puro espírito racional, mas a união muito estreita entre uma alma e um corpo. Assim a natureza pode ser conhecida pelo homem porque ela é apenas um corpo sem nada de misterioso enquanto o homem pode ser um sujeito conhecedor porque ele é só pensamento, que segundo Descartes também não tem nada de misterioso, é uma simples consciência de si e das coisas. Esta razão, pensamento, pode nos levar a uma busca de equilíbrio para o encontro com Deus. Um equilíbrio não só do nosso pensamento e ideias, mas com o corpo. Este não é um cárcere da alma, mas é um só ser e nem um é mais importante que o outro. Se dermos mais valor a alma, desprezamos o corpo e não encontramos equilíbrio. Da mesma forma se o cuidado maior for para com o corpo a nossa alma adoece, o foco fica desnivelado e nos prendemos ao materialismo. A espiritualidade nos ajuda a conciliar estas duas realidades como um só ser que precisa ser cuidado de forma integral para como disse Agostinho repousar em Deus. Este repousar é encontrar abrigo, respostas em meio a dúvidas existenciais e de fé. Caminhamos bem com as duas pernas, e assim podemos nos equilibrar, e mesmo quando isto nos falta encontramos meios para continuar sem desistir. Dentro de nós há todo um movimento, o corpo não consegue perceber por si só, a alma é mais perspicaz para isto, mas não consegue se não estiver no ritmo para tal. Assim em unidade e equilíbrio se constrói um ser capaz de perceber que no mundo como já foi dito não há nada de misterioso, nem no corpo, nem na alma, mas há algo de secreto que pode ser conhecido, sentido e que é capaz de calar toda inquietação do nosso coração. A dança sem ritmo não encanta, e o ritmo sem nada para ser atribuído é em vazio. O interessante é permitir que o ritmo de nossa alma, em equilíbrio, leve o corpo a uma dança que não só encanta, mas descobre, desvela, uma espiritualidade que há muito foi esquecida.
Olá!
ResponderExcluirSua postagem sobre a Espiritualidade da nossa blogagem coletiva está maravilhosa.
Também estou nessa corrente do bem.
Corpo, alma e coração.
Todos em sintonia com Deus.
Sem Espiritualidade, não somos nada.
Tenha uma semana iluminada.
Com carinho, Lady.
Oi, meu querido Tiago
ResponderExcluirAcabo de chegar de dois lugares distintos que têm a ver com seu belo e profundo post:
À tarde, do Mosteiro das Beneditinas... estou cá cheia de SAUDADE DE DEUS, como vc diz...
Depois, agorinha da Academia, aula de dança... embalada pelo ritmo da aula e pela leitura do seu texto, sigo nessa delícia sem fim que é a riqueza de partilhar nossa experiência espiritual com os demais irmãos envolvidos ou não nessa nossa BLOGAGEM COLETIVA ESPIRITUAL que creio ser uma inspiração em Pleno Tempo Pascal...
Mimada estou pelo equilíbrio do corpo e da alma que sempre peço...
Nesse Pentecostes seja vc muito adornado de Dons de grande valia aos com quem vc convive e acrescenta.
Obrigado, amigo lindo que Deus me presenteou.
Temos sorte de ter vc conosco nos enriquecendo, meu irmão.
Bjs cheios da Força do Espírito Santo de Deus que inunda nosso ser com Festa de ontem.
Tiago,
ResponderExcluirVocê procura não deixar nada na superficialidade.
Uma ótima semana!